Album Cover Vida Loka I (Ao Vivo)

Vida Loka I (Ao Vivo)

Criolo

5

São Paulo, Brasil!

Boladão, pesadão na porra do bagulho!

Faz barulho para Mano Brown, família!Tá bom ou quer mais açúcar?

Azedar é a meta

É o V, é o L, é a paz, é a guerra

Entre o porte da espada e o perfume da rosa

Sem menção honrosa, sem massagem

A vida é louca, meu bom, nela eu tô de passagem

Vila Fundão, Capão, boladão, pesadão na missão

Porque eu precisa salvar os velhos

Porque eu preciso salvar as flores

Porque eu preciso salvar as criancinhas e os cachorros

Porque eu sou cheio de querer e o dinheiro é pouco pra nós

Por mais munição, armas mais fortes

E um motor mais veloz, mais gasolina no tanque

E pra chegar de igual

Vou dizer!

Fé em Deus que ele é justo, ei, irmão, nunca se esqueça

Na guarda, guerreiro, levanta a cabeça, truta

Onde estiver, seja lá como for

Tenha fé porque até no lixão nasce flor

Ore por nós, pastor, lembra da gente

No culto dessa noite, firmão, segue quente

Eu admiro os crente, dá licença aqui

Mó′ função, mó tabela, oh, desculpa aí

Eu me sinto às vezes meio (pá, inseguro)

Que nem um vira-lata sem fé no futuro

Se vem alguém lá, quem é quem? Quem será, meu bom?

Dá meu brinquedo de furar moletom

Porque os bico que me vê com os truta na balada

Tenta ver, quer saber de mim, não vê nada

Porque a confiança é uma mulher ingrata

Que te beija e te abraça, te rouba e te mata

Desacreditar, nem pensar, só naquela

Se uma mosca ameaçar, me catar, piso nela

O bico deu mó' guela, ó, bico e bandidão

Foi em casa na missão, me trombar na Cohab

De camisa larga, vai saber, Deus que sabe

Qual é a maldade comigo, inimigo num migué

Tocou a campainha, plim, pra tramar meu fim

Dois maluco armado, sim, um isqueiro e um estopim

Pronto pra chamar minha preta pra falar

Que eu pegava a mina dele (rá, se ela tava lá)

Vadia mentirosa, nunca vi, deu mó′ faia

Espírito do mal, cão de buceta e saia

Talarico eu nunca fui, é o seguinte

Ando certo pelo certo, como 10 e 10 é 20

Já penso, doido? E se eu tô com o meu filho no sofá

De vacilo, desarmado, era aquilo

Sem culpa e sem chance, nem pra abrir a boca

Ia nessa sem saber (pro cê ver), vida louca

Gege e Liak

É o V, é o L

É o L, é o V

É o V, é o L

É o L, é o V

Jardim Vaz de Lima, três estrela, Imbé, Paranapanema

Mas na rua não é, não

Até jack tem quem passa um pano

Impostor, pé de breque, passa pro malandro

A inveja existe, e a cada dez, cinco é na maldade

A mãe dos pecado, capital é a vaidade

Mas se é para resolver, se envolver, vai meu nome

Eu vou fazer o quê se cadeia é pra homem?

Malandrão, eu? Jamais, ninguém é bobo

Se quer guerra, terá, se quer paz, quero em dobro

Mas verme é verme, é o que é

Rastejando no chão, sempre embaixo do pé

E fala uma, duas vez, se marcar, até três

Na quatra, xeque-mate, que nem no xadrez

Eu sou guerreiro do rap, sempre em alta voltagem

Um por um, Deus por nós, tô aqui de passagem

Vida louca, eu não tenho dom pra vítima

Justiça e liberdade, a causa é legítima

Meu rap faz o cântico do loucos e dos românticos

Vou por um sorriso de criança onde for

Os parceiros tenho a oferecer minha presença

Talvez até confusa, mas real e intensa

Meu melhor Marvin Gaye, sabadão na marginal

O que será, será, é nós, vamo até o final

Liga eu, liga nós onde preciso for

No paraíso ou no dia do juízo, pastor

E liga eu e os irmão

Que é o ponto que eu peço, favela, fundão

Imortal nos meus versos, vida louca