Album Cover Que Nem o Meu Cachorro

Que Nem o Meu Cachorro

Black Alien

6

O cochilo da tarde é meu xodó do momento

Nem quica, a vida é tombo em pista de cimento

Black Alien já vai tarde, já passou o seu momentoSignifica que o cidadão não tem conhecimento

Da força, da fé, da febre e da fibra

Nessas portas meto o pé, enquanto a galera vibra

Me preocupa é o celular que vibra ao lado do meu saco

O resto todo que dá câncer eu já vou lançar no vácuo

Ingrato! Não é o que tu fala que diz quem tu és

Come e cospe no prato, depois vem dizer, jah bless

Se custar a minha paz, já custou caro demais

Pela-sacos, aqui, jaz. Black Alien, aqui, jazz

Hmm, criado no Ingá

Chapado demais pra um dia me vingar

Sim, sensei, eu sem paciência pra debate

Zunguzunguzen, pique flow, marijuana e abacate

Rio de Janeiro, Niterói, favela, morro

Tô que nem o meu cachorro, no domínio do latim

Brooklyn, Nova York, SoHo

Tô que nem cachorro, suando só no focinho

Só não vem facin′, senão qualquer um desenvolvia

É tempo de templo, só rato cinza na via

O que vem facin' presta, não, se envolvia

Do Sol da meia-noite até o Sol do meio-dia

Ê, cria do Ingá

Chapado demais pra um dia me vingar

Sim, sensei, eu sem paciência pra debate

Zunguzunguzen, pique flow, marijuana e abacate

Rio de Janeiro, Niterói, favela, morro

Tô que nem o meu cachorro, no domínio do latim

Nem tão longe pra tu chegar aqui de mala

Nem de longe é tão perto que pode vir de chinelo

Nem de longe eu virei monge, apenas parei de dar pala

Vagabundo fala um monte, são pregos pro meu martelo

Bem-vindo ao meu lar, cuidado pra não tropeçar

A mesa ainda tá aqui, porém mudei certezas de lugar

Num mundo que produz prodígios bizarros

Que produzem seus discos, dirigem os seus carros

Minha diversão de homem, alegria de menino

Que produz o que consome, todos temos nossos hinos

Pronuncia o meu nome, sinônimo, genuíno

Bota a cara e testa a fome, meus felinos têm caninos

Sem disposição, não fico sem disposição

Fica no meio do caminho entre eu e eu rico

Ambos são ambição, e ninguém sabe quem são

E nós somos a canção que vem da zona de conflito

Pois a zona de conflito é minha zona de conforto

E a estrada pro inferno se desce de ponto-morto

Então, parou com a zona

Cria do Ingá

Chapado demais pra um dia me vingar

Sim, sensei, eu sem paciência pra debate

Zunguzunguzen, pique flow, marijuana e abacate

Rio de Janeiro, Niterói, favela, morro

Tô que nem o meu cachorro, no domínio do latim

Não tem como funcionar

Vai sempre dar ruim pra você

Bocas mexem, blá-blá-blá

E eu só faço o que tenho que fazer

Não tô nem aí, nem lá

Tô bem aqui, além do que se vê

Se vem baseado no passado, só há um resultado

Cê vai se foder

Porque eu sou o agora, eu sou o agora